terça-feira, 15 de abril de 2014

Gusttavo Lima emociona ouvintes do Pânico

  
 
A entrevista de Gusttavo Lima no programa Pânico, desta terça-feira (15) movimentou os estúdios da Jovem Pan FM.
 
Autêntico e sincero o cantor comentou com humildade sobre sua tão sofrida infância.
 
Apesar de ser atualmente um dos gêneros mais populares do Brasil, o sertanejo universitário costuma ser alvo frequente de críticas – especialmente porque os artistas que o representam não são considerados muito “originais” por parte do público. Gusttavo Lima, um dos principais nomes do cenário, porém, discorda dessa análise. Para o cantor, ele inovou a música que vinha sendo feita no país. 
 
 
“Minha canção nova, Fui Fiel, é um bolero com solo de saxofone. Nos últimos 10 anos não colocavam um solo de sax em uma música sertaneja. A mesma coisa aconteceu com Balada (Tchê Tchê Rere), antes não existia esse estilo. Depois veio ‘Tchuca Tchuca’, um monte de coisa parecida (risos). As pessoas acolhem bem as novidades que elas gostam”, disse em entrevista ao Pânico nesta terça-feira (15). 
 
Durante sua participação do programa "Pânico", o músico voltou à sua infância e contou detalhes de sua trajetória. O menino, que nasceu  no interior de Minas Gerais, foi batizado com o nome de Nivaldo Batista Lima, no ano de 1989. Poucos sabem, mas na infância passou por grandes dificuldades financeiras, chegando até mesmo a passar fome. 
 
 
“Eu morava com minha família em um rancho de pau a pique. Só comíamos o que meu pai plantava. Arroz, feijão, abóbora, tomate. Mas um dia o rancho pegou fogo e queimou tudo. Ficamos dois meses em uma lona, embaixo de um pé de manga. O pessoal ajudava levando comida e minha mãe cozinhava no chão”, contou.   
 
Dali para os palcos foi uma longa estrada. Focado na carreira artística, Gusttavo (já adotando o novo nome) decidiu ir morar em Goiânia com um primo e começou a tocar em bares. Aos poucos, foi ganhando fãs e chamando a atenção dos profissionais da indústria fonográfica. Após alguns anos, estourou nacional e internacionalmente – graças, segundo ele, a algumas ajudas para lá de especiais. 
 
 
Quando estava começando, pedi ajuda ao Jorge e ao Mateus, que eram meus amigos, e eles me apresentaram ao empresário deles. A partir daí consegui gravar meu primeiro CD. E o Neymar foi outro que me ajudou muito. No início da minha carreira, ele foi a um show meu, subiu no palco, foi super gente boa”, afirmou. 
 
Mesmo passando por tudo isso, o artista garante que o sucesso nunca subiu à cabeça. 

“Minha maior riqueza foi ser filho de pai pobre de dinheiro e rico de caráter. Por causa dele, nada me enche os olhos. Por causa dele, gosto da simplicidade. Passei 10 anos cantando em barzinho em troca de sanduíche, pastel, refrigerante. Quando saí da casa da minha família, cheguei a dormir em rodoviária. Quase desisti de cantar, mas não queria dar esse gostinho a quem falava que não ia dar certo”, contou. 
 
Mas, não foi só para contar histórias tristes que o cantor participou do programa. Em meio a música boa, o sertanejo falou sobre o sucesso da carreira, e da vida pessoal.
 
Rosely Rodrigues
Informações e fotos: http://jovempanfm.uol.com.br